sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

05/12/2015 00h12

o tempo passa e os problemas vêm
a gente cresce sem perceber
mais idade, problemas maiores
erramos
somos julgados
cuspidos

bem, no meu caso percebo como tudo isso me afasta das coisas que gosto e que fazem eu ser o que sou; não toco mais violão, mal escuto música, não escrevo, não faço as coisas que gosto.

aos mais jovens recomendo a tolerância, a busca pela educação dos que não sabem e erram
e que não abandonem jamais as coisas que gostam


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

The Wire

É amigos. Não posso falar que não vejo uma série tão boa quanto The Wire porque recentemente assisti Sense8 e estou acompanhando Mr. Robot, que promete muito.

Mas faz alguns dias, que eu estava vendo a lista dos 250 melhores shows de TV do imdb, e foi quando vi The Wire na lista, com nota 9.4, ocupando a quinta posição. Tudo bem que o imdb não é um site tão sério e que quem vota lá nem é crítico, mas isso chamou atenção. No mesmo dia vi um amigo recomendando essa série no feice. Dei mais uma fuçada e achei em algum lugar a indicação de melhor série da história. Duas de suas cinco temporadas alcançaram nota 98 no Metacritic! E 96% de suas críticas são positivas no Rotten Tomatoes.

Ela estreou em 2002, e acho que nunca antes eu tinha escutado alguém comentar sobre The Wire, ou A Escuta, em português. Assisti só a primeira temporada e deu pra entender porque ela não repercutiu nada no Brasil. Ela retrata assuntos MUITO pesados que até hoje são polêmicos demais para nossa sociedade. Mortes, sangue, homossexualidade, o papel da polícia, drogas...

O enredo da primeira temporada conta a história de um caso contra um chefe do tráfico de Baltimore e impressiona pela complexidade e narrativa. O roteiro quase não tem erros e tudo tá interligado. Saca no Breaking Bad quando acontecia algo no primeiro episódio e aquilo aparecia de novo quatro temporadas depois? A primeira cena já é muito foda, quem quiser dá uma assistida pode clicar aqui.

Pode ser coisa da minha cabeça, mas percebi que a série foi uma grande influência para o filme Tropa de Elite; a história das personagens é bem construída e mostra como as atrocidades da periferia de Baltimore são encaradas de forma natural por quem cresceu por lá. Follow the money e você vai acabar chegando nos políticos.

Com The Wire você pode aprender essas coisas aqui:

Aprenda como fazer uma nota de 10 dólares de mentira
Aprenda a pescar drogas
Aprenda a jogar xadrez like a gangstaaar

O drama policial mais foda que eu já assisti, recomendo muito! Quem quiser alugar na locadora do seu zé, pode me procurar e eu passo o link dos downloads (:


domingo, 19 de julho de 2015

desaprendi a conversar na internet

Hoje estava conversando com uma amiga que sempre diz estar chateada por eu não conversar com ela; ela disse que esqueço sua existência e sumo por meses.

Eu pedi desculpa e desabafei.

Há muito tempo atrás eu era o mito do finado MSN. Tinha vários emoticons legais, conversava com várias pessoas ao mesmo tempo. Aquele barulhinho ficava tocando o tempo inteiro. Ninguém nunca precisava tremer a tela ou mandar aquele gordinho que soltava pum; eu conseguia administrar todas as conversas e responder todo mundo.

No orkut eu também não deixava barato. Conversava com a galera por depoimento, porque as mensagens que eram mandadas, os "scraps", eram possíveis de ser visualizados por qualquer pessoa.

Depois veio o ~feice~

Pessoas publicando sua vida inteira de uma maneira jamais antes vista. E eu não vou negar, também to dentro dessa galera. Publicando fotos, vídeos, opiniões...

E também veio o whatsapp e o messenger do feice, que revolucionaram a forma de comunicação no mundo junto ao BBM, que é bem esquecido hoje. As pessoas passaram a se comunicar via internet em qualquer lugar, a qualquer horário.

Bem, por muito tempo consegui me manter conversando com mó galera em redes sociais e por whatsapp. Lembro de uma vez que uma amiga estava fazendo uma entrevista para uma atividade do seu curso de inglês e me perguntou quanto tempo eu passava usando internet por dia; eu respondi que passava 24 horas por dia na internet. Eu tava sempre conectado. O dia inteiro. O tempo todo. Meu celular vivia com o 3G ligado e eu passava o dia recebendo notificações sobre o que estava acontecendo.

Passei a perceber o quanto isso estava presente não só na minha vida, mas na de todos que me rodeavam. Ontem mesmo conversando com um amigo, em um momento ele não prestou nenhuma atenção do que eu havia falado, porque tava lendo uma conversa no celular.

Recentemente em uma viagem que fiz à Bahia, em quiosques que haviam diversos animadores e instrutores de dança, as pessoas deixavam de aproveitar aquele espaço pra se fecharem em seus celulares por longas horas do dia. Olhando sempre pra baixo, com o celular a uma distância de seus olhos.

Foi em uma conversa sobre politica com uma amiga onde fui totalmente mal interpretado que decidi largar as conversas compulsivas em redes sociais. É difícil se expressar bem quando você precisa responder logo e não pode preparar seu argumento. É raso como um pires qualquer discurso virtual que seja feita de maneira quase instantânea.

Hoje não converso com quase ninguém de maneira virtual e acho que escrevo esse texto não pra criticar quem faz isso, mas sim para explicar à quem se emburrece com isso. Também não acho que eu seja tão importante assim pra alguém ou que sintam falta de mim. E cada um faz o que quer. Se você adora ficar o dia inteiro conversando assim com as pessoas o problema é seu.

Também não comento quase nada de maneira virtual. Tenho medo! Reparo que 90% do que comento, eu escrevo e apago. Não gosto de defender meus pontos de vista assim. Quase perdi uma grande amizade ainda essa semana por ter interpretado mal o que um amigo disse numa discussão. Não tenho paciência. Já é difícil alguém admitir numa discussão oral que não sabe de alguma coisa. Na internet, qualquer um entra no Google/Wiki na hora e "aprende" tudo aquilo que tá discutindo. Raso novamente.

Quantas vezes você desbloqueia seu celular durante o dia?

Hoje vivemos num mundo onde a maior perspectiva de futuro que conseguimos ter é nos perguntar quando a próxima notificação aparecerá.

Festival Notas de Subsolo #1

Há mais ou menos um mês atrás aconteceu o primeiro festival Notas de Subsolo. Pois é, estou um pouco atrasado pra comentá-lo, mas assim é a vida, antes tarde do que nunca.

O festival reuniu diversas bandas independentes de São Paulo e aconteceu de forma completamente colaborativa. O espaço foi aberto ao público gratuitamente e os frutos deste festival vem sendo colhidos.

Normalmente vemos em qualquer festival bandas menores e não tão boas começando as apresentações. Neste foi diferente.
A General Pimenta, que mudou seu nome recentemente para Marion, fez sua primeira apresentação com apenas um mês de ensaio e mostrou para que veio. Com um som autoral que sai da caixa e trás diversas vertentes que vão do experimental ao post-punk, a banda abriu as portas para o que prometia ser uma grande noite.

A segunda banda a tocar foi a Charles Keaton, uma dupla que prometia um som entre o folk e o hard rock. Mas ficou realmente na promessa. Sou feliz, pois antes de morrer pude ver uma banda acabar no palco!
Infelizmente ouve um desentendimento entre a primeira e segunda música do show, que quase acabou em quebra pau, mas apesar disso, o festival continuou com toda alegria.

A About SP foi a terceira banda a tocar e mandou muito com seu som alternativo. A banda tocou suas músicas autorais que são muito boas e que trazem uma influência muito forte da Vivendo do Ócio. O público pulou também com covers de bandas como o Arctic Monkeys.

A banda Los Compas, idealizadora do evento, foi a penúltima banda a tocar e a que mais animou a galera. Muitas pessoas cantaram suas músicas de cor e ouve até invasões no palco, que foram levadas pela banda como brincadeiras e na diversão - eu espero, porque também invadi - e suas músicas autorais, com influência do rock alternativo, mostraram ser dançantes e paulera ao mesmo tempo.

A Nikiya fechou as portas do festival com um som que remonta ao grunge e ao experimental, mostrando que os anos 90 não devem ser esquecidos e sim revisitados.



                                                               ___________



Os frutos colhidos do festival são muitos. A consolidação da Marion, que trará um EP previsto para o mês de setembro. A banda Los Compas também está trabalhando em seu EP e a banda Nikiya fará um show ainda este mês junto à outras bandas independentes de São Paulo, confira aqui o evento:  https://www.facebook.com/events/1452291805074369/





ps1 curtam as páginas das bandas!
ps2 desculpa puxar tanta sardinha pra Marion, é que eu meio que faço parte dela, rs


domingo, 28 de junho de 2015

base

essa vida baseada em:

vícios
confusões mentais
paixões impossíveis
metas famigeradas









me cansou

domingo, 7 de junho de 2015

sobre o poema que na verdade é uma música

é difícil traduzir o que sinto
pior ainda é quando minto
ao passar por você
e agir como se o meu coração não estivesse explodindo

as horas que passo pesando em você
não vou esconder, odeio isso
é triste ser omisso
aceitar que não vamos chegar

a ser
o que
você
quer

e os seus
problemas
juntamos aos meus
e deixamos escondidos
na ultima cena
aquela que passou
começamos agora
a próxima
das nossas
vidas

quinta-feira, 28 de maio de 2015

rio

teu rio parecia tão profundo
só me deixou ir onde era raso
agora meu olhar encontra o teu ao acaso
como seria lá no fundo?
passo